sexta-feira, 18 de abril de 2008

OS PROTOZOÁRIOS

O Reino Protista agrupa organismos eucariontes, unicelulares, autótrofos e heterótrofos. Neste reino se colocam as algas inferiores: euglenófitas, pirrófitas (dinoflagelados) e crisófitas (diatomáceas), que são Protistas autótrofos (fotossintetizantes). Os protozoários são Protistas heterótrofos.
Eles habitam a água e o solo. Este reino é constituído por cerca de 65.000 espécies conhecidas, das quais 50% são fósseis e o restante ainda vive hoje; destes, aproximadamente 25.000 são de vida livre, 10.000 espécies são parasitos dos mais variados animais e apenas cerca de 30 espécies atingem o homem (TORTORA, 2000).
É uma única célula que, para sobreviver, realiza todas as funções mantenedoras da vida: alimentação, respiração, reprodução, excreção e locomoção. Para cada função existe uma organda própria, como, por exemplo:
Cinetoplasto - provavelmente é uma mitocôndria especializada, sendo muito rico em DNA;
Corpúsculo basal - base de inserção de cilios e flagelos;
Reservatório - supõe-se que seja um local de secreção, excreção e ingestão de macromoléculas, por pinocitose;
Lisossomo - permite a digestão intracelular de partículas;
Aparelho de Golgi - síntese de carboidratos e condensação da secreção protéica;
Reticulo endoplasmático
a) live—síntese de esteroides;
b) granuloso—síntese de proteínas;
Mitocôndria - produção de energia;
Microtúbulos - movimentos celulares (contração e distensão);
Flagelos, cílios, membrana ondulante e pseudopodos: locomoção;
Anônima - eixo do flagelo;
Citóstoma - permite ingestão de partículas
Cada organela é mais ou menos semelhante nas varias espécies, entretanto, ocorrem pequenas diferenças que podem ser observadas ao microscópio óptico ou unicamente ao microscópio eletrônico. Aliás, hoje, a protozoologia só pode ser bem estudada à luz do microscópio eletrônico e da bioquímica e fisiologia celular.
Quanto a sua morfologia, os protozoários apresentam grandes variações, conforme sue fase evolutiva e meio a que estejam adaptados. Podem ser esféricos, ovais ou mesmo alongados. Alguns são revestidos de cílios, outros possuem flagelos, e existem ainda os que não possuem nenhuma organela locomotora especializada. Dependendo da sua atividade fisiológica, algumas espécies possuem fases bem definidas. Assim, temos:
Trofozoíto - É a forma ativa do protozoário, na qual ele se alimenta e se reproduz, por diferentes processos.
Cisto - É a forma de resistência ou inativa. O protozoário secreta uma parede resistente (parede cística) que o protegerá quando estiver em meio impróprio ou em fase de latência. Freqüentemente há divisão nuclear interna durante a formação do cisto.
Gameta - É a forma sexuada, que aparece em algumas espécies. O gameta masculino é o microgameta, e o feminino é o macrogameta.
Reprodução - encontramos os seguintes tipos de reprodução:

Assexuada - divisão binária ou cissiparidade;

Brotamento ou gemulação;

Esquizogonia - é uma fissão múltipla; o núcleo se divide múltiplas vezes antes da célula se dividir. Após a formação de vários núcleos, uma pequena porção do citoplasma se concentra ao redor de cada núcleo e então, uma única célula se separa em células-filhas.

Sexuada - existem dois tipos de reprodução sexuada:

Conjugação - união temporária de dois indivíduos, com troca mútua de materiais nucleares.

Singamia ou fecundação - união de microgameta e macrogameta formando o ovo ou zigoto, o qual pode dividir-se para fornecer um certo número de esporozoítos. O processo de formação de gametas recebe o nome de gametogonia e o processo de formação dos esporozoítos recebe o nome de esporogonia (TORTORA, 2000).
Nutrição - quanto ao tipo de alimentação, os protozoários podem ser:
Holofíticos ou autotróficos - são os que, a partir de grãos ou pigmentos citoplasmáticos (cromatóforos), conseguem sintetizar energia a partir da luz solar (fotossíntese);
Holozóicos ou heterotróficos - ingerem partículas orgânicas, digerem-nas (enzimas) e, posteriormente, expulsam os metabólicos. Essa ingestão se dá por fagocitose (ingestão de partículas sólidas) ou pinocitose (ingestão de partículas líquidas);
Saprozóicos - "absorvem", substancias inorgânicas, já decompostas e dissolvidas em meio líquido;
Mixotróficos - quando são capazes de se alimentar por mais de um dos métodos acima descritos
Digestão
Nas espécies de vida livre há formação de vacúolos digestivos. As partículas alimentares são englobadas por pseudópodos ou penetram por uma abertura pré-existente na membrana, o citóstoma. Já no interior da célula ocorre digestão, e os resíduos sólidos não digeridos são expelidos em qualquer ponto da periferia, por extrusão do vacúolo, ou num ponto determinado da membrana, o citopígio ou citoprocto.

Respiração Pode encontrar dois tipos fundamentais:
Aeróbicos - são os protozoários que vivem em meio rico em oxigênio;
Anaeróbicos - quando vivem em ambientes pobres em oxigênio
Locomoção
A movimentação dos protozoários é feita com auxílio de uma ou associação de duas ou mais das organelas abaixo:
Pseudópodes - são expansões citoplasmáticas transitórias que a célula emite para se locomover e capturar alimentos.
Flagelos - são prolongamentos da cutícula formando filamentos longos. São dotados de movimentos ondulatórios e serpenteados, permitindo o deslocamento da célula e a captura de alimento.
Cilios - tem as mesmas estruturas dos flagelos, diferindo por serem menores e aparentemente em grande número, movimentando-se em conjunto. Seu batimento produz uma corrente que facilita a captura de alimentos e locomoção.
Como os protozoários são um grupo grande e diverso, esquemas atuais de classificação das espécies de protozoários em filos e subfilos são baseados na motilidade, superfície celular, estruturas para alimentação, estrutura nuclear, e até a presença de bactérias simbióticas (TORTORA, 2000).
Seus filos são - Mastigosphora (flagelados), como Trypanossoma, Giardia, Leishmania; Sarcodina, como as amebas; Ciliophora (ciliados), como o Paramecium; Sporozoa, como o Plasmodium, Toxoplasma; Euglenoides, como as euglenas.
Doenças causadas por protozoários
Muitos protozoários causam doenças nos seres humanos. Entre elas, estão a amebíase ou disenteria amebiana, a doença de Chagas, a úlcera de Bauru, a giardíase e a malária.
O homem adquire a amebíase ou disenteria amebiana ao ingerir água ou alimentos contaminados por uma ameba, a Entamoeba histolytica. Esta ameba parasita principalmente o intestino grosso dos seres humanos, onde provoca ulcerações e se alimenta de glóbulos vermelhos do sangue. No intestino, essa ameba se reproduz assexuadamente por cissiparidade e, algumas delas, formam cistos, estruturas que possuem uma membrana resistente e que contêm alguns núcleos celulares. Eliminados com as fezes, os cistos podem contaminar a água e alimentos diversos, como as verduras. Se forem ingeridos, esses cistos se rompem no tubo digestivo, libertando novas amebas, que recomeçam um novo ciclo. As pessoas com amebíase eliminam fezes líquidas, às vezes com sangue e quase sempre acompanhadas de fortes dores abdominais. Para evitar essa doença é necessário ferver a água que se vai beber e lavar muito bem as verduras e frutas, além de cuidados higiênicos, como a lavagem de mãos, principalmente antes das refeições
A doença de Chagas é causada pelo tripanossomo (Trypanosoma cruzi), protozoário que vive no intestino de um percevejo sugador de sangue, conhecido popularmente como barbeiro. Esse percevejo vive em frestas de paredes, chiqueiros e paióis. À noite, saem de seus esconderijos e vão sugar o sangue das pessoas que dormem. Quando alguém é picado pelo percevejo pode contrair a doença da seguinte forma: durante a picada, o barbeiro infestado elimina fezes contendo o tripanossomo. Coçando o local da picada, a pessoa espalha as fezes do barbeiro e introduz o parasita em seu organismo, através do pequeno orifício feito pela picada. Uma vez na corrente sangüínea, o tripanossomo atinge o coração. Ali ele se fixa, podendo causar a morte da vítima. As principais medidas para evitar a doença de Chagas consistem em substituir moradias de barro e de madeira por outras de tijolos, que não tenham frestas onde o barbeiro possa se esconder; e exigir, em transfusões de sangue, a garantia de que o sangue doado não esteja contaminado com tripanossomos.
Doença que ataca a pele e as mucosas dos lábios e do nariz produzindo muitas feridas, a úlcera de Bauru é provocada pela Leishmania brasiliensis, um protozoário parecido com o tripanossomo. Transmitida pela picada do mosquito flebótomo, a doença é conhecida com esse nome, porque foi muito comum na cidade de Bauru, em anos passados.
Provocada pela giárdia (Giardia lamblia), flagelada que parasita o intestino humano, a doença geralmente causa fortes diarréias, podendo levar o doente à desidratação. É transmitida através de água e alimentos contaminados pelo protozoário. Evita-se essa doença com as mesmas medias utilizada contra a amebíase.
A malária é provocada por protozoários do gênero Plasmodium e é transmitida ao homem por meio da picada do mosquito, anófele, ao sugar-lhe o sangue para se alimentar. Durante a picada, o mosquito libera saliva, que contém o protozoário plasmódio. Então o parasita entra no sangue da pessoa e se instala em órgãos diversos, como o fígado e o baço, onde se multiplica. Após um certo período, os parasitas retornam ao sangue e penetram nos glóbulos vermelhos, onde voltam a se multiplicar. Os glóbulos parasitados se rompem liberando novos protozoários que passam a infectar outros glóbulos vermelhos. A malária provoca febre muito alta, que coincide com os períodos em que os parasitas arrebentam os glóbulos vermelhos, liberando toxinas na corrente sangüínea. Se não for combatida pode causar a morte do doente. A pulverização de córregos, lagoas e poças de água parada, com inseticida, são uma das maneiras de combater os mosquitos transmissores da malária. É na água que os mosquitos põem seus ovos para se reproduzirem
A toxoplasmose é uma doença causada pelo protozoário Toxoplasma gondii. A transmissão se dá por contato com animais domésticos - principalmente gatos - ou por suas fezes. As fezes dos gatos podem conter cistos (formas resistentes) do parasita, que são disseminados por animais, como moscas e baratas. O homem adquire a doença quando ingere diretamente o cisto ou carne mal cozida que o contenha.Os sintomas da doença são, na maioria das vezes, muito semelhantes aos de várias outras doenças: mal-estar, febre, dores de cabeça e musculares, prostração e febre que pode durar semanas ou meses. Após alguns dias há também aumento dos gânglios linfáticos em todo o corpo. Normalmente, a doença evolui de forma benigna e desaparece sem deixar seqüelas no organismo. Às vezes, porém, pode causar lesões oculares, com perda parcial ou quase total da visão. Daí sua gravidade. Em mulheres grávidas, o protozoário pode atingir o feto, provocando-lhe cegueira, deficiência mental e até mesmo a morte.
Trichomonas vaginalis é responsável pela doença chamada tricomoníase, é encontrado na vagina e no trato urinário masculino. Normalmente é transmitido pelo contato sexual, mas também pode ser transmitido em banheiros e por toalhas.
Os protozoários na biotecnologia
Depois das bactérias, os protozoários são os organismos mais numerosos no lodo ativado, quando se tem boas condições de operação do processo. O principal grupo de protozoários encontrados nos lodos ativados são ciliados. Eles normalmente representam aproximadamente 5% do peso seco dos sólidos em suspensão presentes no tanque de aeração. Em ordem decrescente, segundo o Walter Pollution Research Laboratory (W.P.R.L.), as espécies encontradas no processo de lodos ativados são: Aspidisca costata; Vorticella alba; Opercularia coarctata; Trachelophyllum pusillum, Vorticella striata; Vorticella microstoma; Chilodonelha uncinata; Vorticella convallaria; Uronema nigricans; Epistylis plicatilis; Hemiophrys plenrosigma; Aspidisca lynceus e Colpoda
FONTE :(www.saaeg.com.br/celulose.htm).
Experiências desenvolvidas no W.P.R.L. (Inglaterra) permitiram concluir que os protozoários têm uma bem definida e útil participação no processo de lodos ativados. Na ausência de protozoários, um grande número de bactérias que não floculam e conseqüentemente não sedimentam, seguem com o efluente final do processo, porém decresce grandemente quando uma população de protozoários ciliados está presente nos lodos. Pesquisas efetuadas pelo W.P.R.L. também sugerem que a ação predatória por parte dos protozoários é o principal mecanismo pelo qual as bactérias livres são removidas do efluente, enquanto que a indução da floculação pelos protozoários é de importância secundária. Portanto, os protozoários teriam una função importante na clarificação do efluente do processo. Em relação à qualidade do efluente final a identificação de certos tipos de protozoários pode fornecer informações de interesse. Em geral, a presença de protozoários flagelados e de rizópodes indicam que o efluente final não é de boa qualidade. Existem, porém, exceções como, por exemplo, a Arcella, que é um rizópode indicativo de efluentes que sofreram nitrificação e, pois, de boa qualidade. Outro gênero de rizópode, Amoeba, também é muito comum em lodos de sistemas com efluentes de boa qualidade (www.saaeg.com.br/celulose.htm).
Muitas espécies de Vorticella, um ciliado pedunculado, ocorrem em lodos de sistemas eficientes, juntamente com Opercularia. Aspidisca e Lionotus, porém, a presença de Vorticella microstoma no lodo é comumente associada a sistema de baixa eficiência. Aspidisca costata, presente no lodo, indica boa nitrificação do processo, uma vez que se alimenta de bactérias nitrificadoras. Paramecium caudatum, um ciliado característico de lodos de sistemas não muito eficiente, às vezes aparece em lodos de sistemas de alta eficiência, porém, sua concentração oscila intensamente (www.saaeg.com.br/celulose.htm).
A este filo pertencem os protozoários, organismos unicelulares heterotróficos, protistas semelhantes a animais. A designação protozoária (proto = primeiro + zoa = animal) começou a ser usada quando estes seres eram incluídos no Reino Animália.
O fato de serem seres unicelulares não implica simplicidade, pois muitos protozoários apresentam um grau de complexidade elevado, freqüentemente ao das células dos metazoários. Os organitos de muitos protozoários são funcionalmente análogos aos órgãos e/ou sistemas dos animais.
Estes organismos têm dimensões muito variáveis, entre 3 e 700 mm, existindo mais de 50000 espécies descritas, o que excede (em número de indivíduos) o de todos os animais multicelulares. As diferentes espécies têm habitats específicos, mas sempre húmidos, desde água doce, salobra ou salgada, no solo ou em matéria orgânica em decomposição, até ao interior do corpo de outros.
Trata-se de um filo extremamente antigo, como o provam os restos duros de radiolários e foraminíferos em rochas pré-cambrianas. Estima-se que 35% da área do fundo oceânico atual esteja coberta com as pequenas carapaças destes protozoários.
São todos heterotróficos, que caçam e consomem ativamente bactérias, outros protistas e matéria orgânica. Digerem os alimentos intracelularmente, por meio de vacúolos digestivos.
Deslocam-se com a ajuda de flagelos, cílios ou pseudópodes, mas também existem formas imóveis.
Os pseudópodes são estruturas transitórias da membrana celular, expansões que “puxam” o organismo na direção pretendida, desaparecendo em seguida.
Os flagelos são estruturas permanentes, compridas e em número reduzido.
Apresentam uma estrutura interna característica, com fibrilas de tubulina (9 x 2 dispostas em círculo + 2 ao centro). Estas fibrilas formam um bastonete que se origina de um corpo basal, inserido no citoplasma. Uma membrana, contínua com a membrana citoplasmática, envolve todo o conjunto.
Os cílios são muito semelhantes aos flagelos, mas são mais curtos e apresenta-se em maior número na membrana celular, vulgarmente recobrindo-a completamente. O seu funcionamento é sincronizado por filas.
Existem protozoários patogênicos, como os que causam a malária ou a doença do sono, mas a maioria é muito útil, pois decompõem organismos mortos, ajudando a reciclar a matéria e formam um dos degraus mais baixos de muitas cadeias alimentares.
Fazem parte do zooplâncton, inserindo a matéria vegetal nas cadeias alimentares aquáticas. Os que vivem em água doce apresentam vacúolos contrácteis, o que lhes confere capacidade de osmorregulação.
Outros vivem no interior do corpo de animais herbívoros, onde, juntamente com bactérias, ajudam a digerir a celulose.
A divisão deste filo em classes baseia-se, principalmente, no modo de locomoção do organismo.
Todos os organismos desta classe apresentam locomoção por meio de flagelos, compridos e em forma de chicote, daí a anterior designação de zooflagelados.
Estes flagelos ajudam igualmente na captura de alimento e na recepção de estímulos ambientais. As células, geralmente de forma definida (oval, alongada ou esférica), apresentam um único tipo de núcleo e são cobertas por uma película rígida.
Alguns podem apresentar cloroplastos com pigmentos, o que lhes permite sintetizar parte do seu alimento. A reprodução assexuada realiza-se por bipartição, mas podem reproduzir-se sexuadamente.
Alguns são parasitas de animais, onde causam doenças graves. Por vezes, se as condições não são as ideais, formam quistos.
São considerados intimamente aparentados com a classe Rhizopoda, pelo que por vezes são agrupados numa mesma super-classe. Pertencem a esta classe organismos como o Tripanossomo, um parasita do sangue de mamíferos, peixes e répteis, por exemplo.
São considerados como a classe mais primitiva dos protozoários, apresentam locomoção variada, por intermédio de rizópodes (expansões citoplasmáticas muito longas e finas – foraminíferos), axopódios (expansões citoplasmáticas com esqueleto de microtúbulos – radiolários) e pseudópodes (expansões citoplasmáticas espessas e curtas, cuja função também inclui a captura de alimento – amibas).
O citoplasma geralmente apresenta poucos, e pouco diferenciados, organitos. Alguns apresentam um esqueleto interno ou carapaça, de calcário (foraminíferos) ou de sílica (radiolários). Reproduz-se assexuadamente por bipartição, embora o possam fazer sexuadamente.
Existem gêneros parasitas, que vivem no intestino de insetos e de tetrápodes, incluindo o Homem, onde causam várias doenças (desinteria amibiana, por exemplo).
Como o seu nome indica, inclui-se nesta classe o organismo cuja locomoção se realiza por intermédio de cílios, que servem igualmente para a captura de alimento. O movimento realizado com os cílios provoca uma rotação em espiral da célula, ao mesmo tempo em que se desloca para frente. Cada espécie, das 6000 conhecidas, apresenta uma forma constante característica.
A esta classe pertencem os protozoários mais complexos e especializados, considerados o mais evoluído do reino Protesta. Apresentam diferenciação nuclear, com um macronúcleo vegetativo e um micronúcleo reprodutor. A reprodução assexuada realiza-se por bipartição e a sexuada por conjugação.
Por razões até agora desconhecidas, organismos deste grupo estão entre as poucas excepções à universalidade do código genético, pois apresentam cordões com significados diferentes do esperado. Um exemplo destes organismos é a paramécia.
Nesta classe encontram-se os protozoários que não apresentam organelos de locomoção, pois são todos parasitas. A sua estrutura é muito simples, com células arredondadas ou alongadas.
Não apresentam nunca vacúolos contrácteis. O alimento é absorvido diretamente do corpo do organismo hospedeiro. O seu ciclo de vida pode apresentar mais do que um hospedeiro. Formam, assexuadamente, "esporos" resistentes.
Trata-se, com certeza, dos organismos parasitas mais largamente difundidos, atacando todos os grupos de animais conhecidos. O Plasmodium, causador da malária, pertence a esta classe.
ALGAS UNICELULARES
Em todos os corpos de água existe uma imensidão de organismos unicelulares fotossintetizantes ou heterotróficos, cujo conjunto se designa plâncton (gr = errante).Estes organismos podem apresentar uma aparência simples ou intrincada e delicada, ser solitários ou coloniais.
O fitoplâncton inclui os organismos fotossintetizantes e é fundamental para as cadeias alimentares aquáticas, tanto pela sua abundância como pela sua função de produtores. Pertencem, precisamente, a este grupo as chamadas algas unicelulares cuja descrição segue.
As algas crisófitas são, na maior parte unicelular e abundante em meios marinha e de águas continental. Fazem parte desta divisão as algas douradas, as diatomáceas e as xantofíceas, todas parte fundamental do fitoplâncton e base das cadeias alimentares aquáticas.
Possuem clorofilas a e c, cuja tonalidade verde é mascarada pela abundância de um pigmento acessório carotenóide de cor castanha-dourada, a fucoxantina. Por este motivo, os cloroplastos destas algas são muito semelhantes aos das algas castanhas. Como reserva utilizam a crisolaminarina, uma forma mais polimerizada da laminarina, outra semelhança com as algas castanhas.
As algas douradas (cerce de 500 espécies conhecidas) geralmente não apresentam parede celular, mas podem ter estruturas de sustentação muito elaborada e impregnada em sílica.
A grande maioria apresenta flagelos mas algumas deslocam-se com a ajuda de pseudópodes e fagocitam bactérias, o que as torna muito semelhantes aos rizópodes, de que parecem ser aparentadas. A única forma de os diferenciar consiste na presença de cloroplastos nestas algas.
As diatomáceas formam a principal componente do fitoplâncton marinho, considerando-se que existem mais de 5600 espécies vivas, o que adicionado ao número de espécies extintas coloca as espécies descritas em mais de 40000. As diatomáceas tornaram-se abundantes no registro fóssil durante o Cretácico e muito dos fósseis são idênticos a formas atuais, numa persistência ao longo do tempo incomum em Biologia.
O que mais distingue as diatomáceas das restantes crisófitas é a ausência de flagelos (exceto em gametas masculinos) e a parede celular dividida em duas valvas impregnada de sílica. As duas metades encaixam uma na outra como as metades de uma caixa de Petri. Esta parede é, no entanto, coberta de poros que permitem o contacto do protoplasto com o exterior.
Os chamados dinoflagelados são, na sua maior parte, algas unicelulares biflageladas. Existem mais de 2100 espécies, muitas delas extremamente abundantes e produtivas em nível do fitoplâncton marinho.
Os flagelos dos dinoflagelados estão localizados no interior de dois sulcos: um rodeia a célula como uma cintura, enquanto outro é perpendicular ao primeiro. Por esse motivo, o seu batimento provoca um movimento circular da célula, como o de um pião. No entanto, existem espécies imóveis (sem flagelos).
A aparência destas algas é geralmente estranha, pois as suas placas celulósicas rijas - teca - dão-lhes um aspecto de armadura antiga. No entanto, estas placas não estão no exterior como noutras algas, mas em vesículas dentro da membrana plasmática.
Quase todos os dinoflagelados apresentam clorofilas a e c, geralmente mascaradas por carotenóides como a peridinina, semelhante à fucoxantina. Pensa-se que os cloroplastos resultam de algas crisófitas, ou outras algas, ingeridas pelo dinoflagelado e que conseguiram estabelecer uma simbiose estável. O glícido de reserva é o amido.
Os chamados dinoflagelados são, na sua maior parte, algas unicelulares biflageladas. Existem mais de 2100 espécies, muitas delas extremamente abundantes e produtivas em nível do fitoplâncton marinho.
Os flagelos dos dinoflagelados estão localizados no interior de dois sulcos: um rodeia a célula como uma cintura, enquanto outro é perpendicular ao primeiro. Por esse motivo, o seu batimento provoca um movimento circular da célula, como o de um pião. No entanto, existem espécies imóveis (sem flagelos).
A aparência destas algas é geralmente estranha, pois as suas placas celulósicas rijas - teca - dão-lhes um aspecto de armadura antiga. No entanto, estas placas não estão no exterior como noutras algas, mas em vesículas dentro da membrana plasmática.
Quase todos os dinoflagelados apresentam clorofilas a e c, geralmente mascaradas por carotenóides como a peridinina, semelhante A fucoxantina. Pensa-se que os cloroplastos resultam de algas crisófitas, ou outras algas, ingeridas pelo dinoflagelado e que conseguiram estabelecer uma simbiose estável. O glícido de reserva é o amido.
As Algas
Constituindo um grupo bastante heterogêneo, as algas podem ser unicelulares ou pluricelulares, microscópicas ou macroscópicas e de coloração bastante variável. São encontrados em bários tipos de ambientes: ocorrem em lagos, rios, solos úmidos, casca de árvores e principalmente nos oceanos. Daí o nome alga, palavra que vem do latim e significa "planta marinha".
Nos ecossistemas aquáticos elas são os principais organismos fotossintetizantes e constituem a base nutritiva que garante a manutenção de praticamente todas as cadeias alimentares desses ambientes. Assim, as algas, organismos clorofilados, são os mais importantes componentes do fitoplâncton (contigente de organismos flutuantes de natureza vegetal). As algas, principalmente as marinhas, são também responsável pela maior parte do gás oxigênio liberado diariamente na biosfera. As euglenófitas
A maioria vive em água doce. Como exemplo de euglenofícea, pode-se citar a Euglena viridis, que é dotada de um flagelo frontal e se reproduz por cissiparidade. Quando sua reprodução é intensa, a água pode exibir coloração esverdeada.
As crisofíceas (algas douradas)
São representadas principalmente pelas diatomáceas, algas unicelulares portadoras de uma carapaça silicosa denominada frústula. Os restos da parede celular das diatomáceas, rica em sílica, depositam-se no fundo dos mares e, com o tempo, formam um material denominado terra de diatomácea ou diatomito, que é explorado comercialmente.
Esse material pode ter várias aplicações: como isolante térmico; como um abrasivo fino que permite o polimento de materiais diversos (a prata, por exemplo); na confecção de cosméticos e pastas dentifrícias; na fabricação de filtros e de tijolos para a construção de casas. As diatomáceas são encontradas principalmente nos mares e podem sereproduzir por cissiparidade e por conjugação.
As pirrofíceas (dinoflagelados)
São algas unicelulares, geralmente marinhas e dotadas de dois flagelos desiguais. Assim como as diatomáceas, as pirrofíceas constituem importantes componentes de fitoplâncton.Têm coloração geralmente esverdeada ou pardacenta e se reproduzem principalmente por cissiparidade.
Clorófitas (algas verdes) - As clorófitas tanto podem possuir estrutura unicelular como multicelular. Os talos das clorófitas multicelulares apresentam uma organização relativamente complexa. Possuem os pigmentos clorofila a e b, carotenos e xantofilas, a parede celular é constituída por celulose e o amido e sua substância de reserva.
Feófitas (algas pardas) - as algas pardas caracterizam-se pela estrutura exclusivamente multicelular. As dimensões de seus talos podem variar de poucos centímetros até dezenas de metros. Assim como as clorófitas, algumas feófitas também podem apresentar um talo de organização mais complexa que as outras. Possuem os pigmentos clorofila a e c, carotenos e fucoxantina. A parede celular apresenta celulose e algina, e os óleos e a laminarina são as duas substâncias de reserva. Rodófitas (algas vermelhas) - Estas algas são predominantemente multicelulares e também podem atingir dimensões consideráveis. É comum o seu talo apresentar diversas ramificações, sendo que a sua base é diferenciada e presa a algum substrato por estruturas de fixação. Possuem os pigmentos clorofila a e d, ficocianina e ficoeritrina, celulose e hidrocolóides na composição da parede celular, e amidodas florídeas, como substância reserva.
As algas e o homem - Além da contribuição no que se refere à renovação do oxigênio atmosférico, sustentar a vida aquática e a formação de nuvens e chuvas, as algas são úteis ao homem de diversas outras maneiras. A alga pode ser utilizada em pesquisas científica e empregada como excelentes meios de cultura, fertilizantes devido ao seu elevado teor nutritivo ou como ração para animais, fornecem interessantes matérias-primas empregadas pelo homem.
Além disso, as algas podem também ser responsáveis por alguns efeitos ambientais deletérios, como o fenômeno da floração das águas. Em condições favoráveis de crescimento, certas algas podem apresentar uma explosão populacional, tornando os reservatórios de abastecimento de água potável ou as lagoas pra o uso do gado temporariamente inutilizável. Este fenômeno costuma provocar a formação de uma camada de algas na superfície da água, dificultando a sua oxigenação a partir da atmosfera. É comum se observar grande mortandade de peixes que vêm à superfície tentando respirar, pois as algas, durante a noite, competem com eles pelo oxigênio. Quando as algas começam a morrer, passam a sofrer decomposição bacteriana, o que provoca um mau cheiro característico.
Outro fenômeno nocivo é o da maré vermelha causado por algas pirrófitas, como a Gonyaulax catanella e Gymnodium veneficum. Este fenômeno ocorre principalmente em épocas de reprodução das algas que liberam na água toxinas potentíssimas que acabam causando verdadeiras mortandades de peixes e outros animais marinhos. As algas também podem causar prejuízos em usinas hidrelétricas, pois formam depósitos e incrustações nas hélices das turbinas, o que as inviabiliza.


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